Decorreu ontem, dia 18 de Dezembro de 2010, mais uma edição da Corrida de São Silvestre em Braga, com a extensão de 10km, agora regressada, através do ímpeto organizador do Regimento de Cavalaria n.º 6 (R.C. n.º 6), a unidade do Exército Português aquartelada em Braga e com a mais meritória história de defesa do país. Consideramos, portanto, que o R.C. n.º 6 encontrou na organização deste evento uma excelente forma de se aproximar à comunidade envolvente! Exemplo que deveria ser seguido por inúmeras outras organizações, de diversa natureza, e até com muitas mais responsabilidades!
Em boa hora o R.C. n.º 6 tomou as rédeas à organização da prova, pois o INATEL, que vinha organizando a prova noutros anos, já o tinha deixado de fazer e, além disso, a prova vinha sendo, praticamente em absoluto, participada só por atletas federados. Há 7 anos atrás, o Zé e o Nuno tiveram nesta prova a sua estreia em eventos oficiais, e foram, a par com mais 3 atletas, os únicos amadores num mar de federados, o que é francamente desmotivante e prova que a prova não era divulgada nem organizada abraçando a cidade. Felizmente, ontem o caso foi diferente pois, apesar da escassa divulgação da prova, a participação de largas dezenas de militares do R.C. n.º 6 e de largas dezenas de amadores deu uma alegria especial à prova!
Como não poderia deixar de ser, até porque esta é uma prova que deve ser acarinhada, os Suicidas Brácaros participaram na prova, com os três atletas da modalidade: o Zé, o Luís e o Nuno.
Tempo: uma gélida noite de Inverno, com o termómetro a indicar 3º C, mas com muito pouco vento e céu quase limpo. Com um bom aquecimento, estavam reunidas condições para boas prestações.
Percurso: o percurso, de 10km, da São Silvestre de Braga desenrolou-se no centro da cidade, consistindo em 4 voltas a um circuito ao longo de belas e históricas ruas Bracarenses.
Em termos técnicos, realça-se que o percurso era variado, iniciando em plano, começando a descer desde a Rua do Souto até à Rua Frei Caetano Brandão (atrás da Câmara Municipal de Braga), onde surgia a maior dificuldade: uma subida de inclinação relativamente elevada até ao Largo Paulo Osório (até junto dos Bombeiros Voluntários de Braga), a partir do qual os atletas tinham a oportunidade de retomar o seu ritmo normal em plano e até aproveitarem a descida que se seguia até à Rua do Raio; daí, restava virar na Cangosta da Palha até à plana e luminosa Avenida Central, onde recebiam aplausos retemperadores. É um percurso deveras bonito e completamente avesso a que se instale a desmotivante monotonia ao longo da prova.
Quanto à ORGANIZAÇÃO DA PROVA, vamos analisá-la por partes, classificando cada ponto cuja análise se segue numa escala de 1 a 10:
- Preço: 0€ (Zero Euros). (10v);
- Inscrição: a inscrição foi efectuada por email. Infelizmente, não obtivemos a pedida confirmação de inscrição, mas compreendemos que, dada a natureza da organização da prova e o facto de a inscrição não ter sido paga, provavelmente seria muito complicado dar resposta a todas as inscrições. (8v);
- Divulgação do evento: a divulgação foi bastante reduzida: porém, também neste ponto, a responsabilidade deve ser atenuada pelo facto de não terem existido receitas de inscrições e, mesmo assim, a divulgação foi superior às anteriores edições desta São Silvestre, quase por completo voltadas para federados, ao contrário desta, felizmente. (6v);
- Estacionamento: foi fácil, dada a hora da corrida. (7v)
- Levantamento dos dorsais: foi efectuado nas instalações do INATEL, a escassos metros da Partida. Fácil e rápido (7v);
- Animação em torno do local do evento: a animação foi uma realidade, com um locutor a falar por colunas espalhadas ao longo da Praça da República. (5v);
- Partida e Meta: a partida estava muito bem localizada, nos primeiros semáforos da Avenida Central, com largura suficiente para os atletas correrem sem darem encontrões. A meta também estava muito bem localizada, no centro da Praça da República, ao lado do chafariz, o que garante que o atleta termine a corrida em grande!... (9v);
- Abastecimentos: a organização, talvez pelos parcos recursos de que dispunha, optou por não realizar abastecimentos. Porém, dada a extensão da corrida (10km) e as condições meteorológicas, convenhamos que uma garrafa de água a meio não era essencial. No final da corrida, havia garrafas de água e, excelente, copos de chá, doce e bem quente, que souberam melhor que qualquer bebida isotónica! (7v);
- Informação ao longo da corrida: a informação relativa à distância percorrida ou que faltava percorrer era confusa, não percebendo o atleta em que altura da corrida se situava, a não ser pela contagem das voltas ao circuito. Por outro lado, a localização de polícias e militares ao longo do percurso não deixou, em toda a extensão, qualquer margem para dúvidas sobre por onde os atletas deveriam seguir. (6v);
- Ofertas: para uma corrida sem preço de inscrição é de louvar que a organização, fruto da colaboração com outras entidades, tenha ainda dado, a cada atleta, uma saca (com a chancela da Câmara Municipal de Braga) com um autocolante e uma camisola de manga curta evocando o evento (8v).
1 - A camisola.
2 - O autocolante.
3 - A saca.
Foi entusiasmante participar na Corrida de São Silvestre de Braga e, enquanto Bracarenses e desportista, endereçamos felicitações aos organizadores e esperamos que, esta prova, seja cada vez mais divulgada, para que se vá afirmando como incontornável na vida Bracarense e no calendário amador do atletismo nacional.
Em 2011 e para sempre, enquanto pudermos, será decerto uma prova a repetir.
força com esses treinos Suicidas...a ver se nos vemos na Corrida de Braga já em Fevereiro.
ResponderEliminarAbraço Emanuel